Gostaria de começar este conteúdo com boas notícias: minha cirurgia de emergência, realizada no dia 13 de maio, foi um sucesso.
O procedimento para retirar o aparelho mencionado no texto anterior correu bem e estou me recuperando satisfatoriamente.
Com essa recuperação, posso agora direcionar minha energia para divulgar meu livro, minha campanha de financiamento coletivo, e outras iniciativas de renda para cobrir os custos médicos.
Além disso, posso voltar a sonhar com minha casa própria e minha independência!
Sempre fui uma pessoa trabalhadora, determinada a perseguir meus sonhos e objetivos.
Já estava me preparando para retomar minha jornada de conquistas, deixando para trás a dor intensa que senti na sala de procedimentos.
A anestesia não havia surtido efeito devido a uma inflamação, mas agora isso é passado.
Entretanto, infelizmente, preciso comunicar que meu maior pesadelo estava por vir.
Exatamente uma semana após a cirurgia, já em casa, o restante do aparelho — especificamente, o fio que ligava a bateria ao cérebro — saiu por um pequeno buraquinho no meio da costura do meu peito!
Ao perceber isso no domingo e sem ver mais nenhuma saída de componentes, fui ao HC (Hospital das Clínicas) na quarta-feira. Lá, informaram que deveria voltar na sexta-feira, dia de atendimento da equipe do DBS.
Contudo, como quinta-feira era feriado, na sexta-feira, ao chegar no ambulatório com minha mãe, não havia ninguém disponível para atendimento.
Desesperado, corri para o pronto-socorro do HC, apenas com a intenção de que alguém verificasse o corte.
Após cinco horas de espera e passar por três médicos, ouvi a frase que me fez surtar: "Vamos ter que internar para abrir a cabeça e tirar todos os componentes do aparelho."
Lágrimas correram dos meus olhos enquanto saía do local, dando um murro na tampa de ferro que segurava a corrente, machucando minha mão.
Entretanto, iriam me manter internado durante todo o fim de semana, até a semana começar e avaliarem meu caso para decidir o melhor a ser feito.
Por isso, tive que alterar o tom da minha voz e discutir até que fornecessem uma folha de papel para minha mãe assinar, assumindo a responsabilidade por minha saída.
Obviamente, minha mãe assinou, pois não queria que eu ficasse naquele lugar o final de semana inteiro sem fazer nada. Com isso, consegui sair.
Aproveitei um final de semana fantástico até que, no domingo às 18:40, o telefone tocou.
Fui convocado a estar no Hospital das Clínicas no dia seguinte para me preparar para a cirurgia prevista para acontecer na terça-feira.
Contudo, fiquei de segunda a quinta-feira em jejum total, tomando apenas o café da noite, esperando a possibilidade de uma vaga no centro cirúrgico.
Finalmente, na quinta-feira, dia 6 de junho de 2024, às 14:30, fui chamado para o centro cirúrgico.
Abriram meu peito pela segunda vez em menos de um mês e, desta vez, também abriram minha cabeça, um pouco acima da orelha.
Quase cinco horas de cirurgia se passaram.
Acordei vomitando, mas bem, com a esperança de ter concluído todas as cirurgias.
Entretanto, todos esses desafios, preocupações e a minha deficiência me ensinaram lições duras que nenhuma religião poderia ensinar.
Vou relatar tudo isso em um livro e em um blog que já estou editando!
Até lá, trabalharei como nunca para realizar meus sonhos, de forma honesta e digna.
Uma das lições mais importantes que aprendi foi que, embora eu tenha milhares de seguidores nas mais do que uma mão cheia de pessoas perguntando:
"Precisa de alguma coisa? Estou indo aí!"
Algumas pessoas, mesmo em número reduzido, ofereceram apoio financeiro via vakinha ou Pix (bfm2023.87@gmail.com).
Entre essas, a maioria fez isso por carinho genuíno, enquanto outras o fizeram apenas para dizer que ajudaram.
No final das contas, é a família e a companheira que escolhi para estar ao meu lado que realmente permanecem comigo.