sexta-feira, 15 de março de 2024

Desabafo!

Dês quando era criança e estava na casa da minha vó e vinham amigas dela visitá-la, eu já sonhava em um dia ter a minha própria família, ter um relacionamento sério e duradouro, tanto que guardei por anos um caminhãozinho preto ganhado de uma delas.

Acho muito verdadeiro e lindo quando escuto a frase “precisa se amar em primeiro lugar”, porém, talvez seja só comigo, mas, quando se amar, como eu amei algumas mulheres, é assustador a força que tenho para luta, a inspiração, a motivação, parece que posso conquistar o mundo, tanto que fiz grandes coisas, algumas loucuras, tudo por amar alguém, nas quais não me arrependo, só acho que infelizmente não deram valor.

Porém a vida continua e sigo há alguns anos sem me relacionar com ninguém, por mais que não faltou tentativas, infelizmente hoje, século XXI, se perdeu muito dos valores, princípio, sem contar que acabou o conceito “família”, relacionamentos sendo construído por interesse sexual e/ou financeiro, e terminando por qualquer discussão boba.

Sendo assim, quando o sonho vem de ter em sua cama uma amiga, companheira, que luta contigo para uma vida a dois, que te ame na cama e principalmente fora dela, no meu caso, precisa ter ainda opinião forte, e luta contra o preconceito, da família, amigas, da sociedade, pois, seu companheiro (eu) tem uma deficiência física, uma patologia rara, que afetou apenas toda parte motora do corpo, do andar ao falar, o que é assunto muito bem resolvido por mim, só que o preconceito não diminuiu quando estou diante da sociedade, ou de alguns familiares, só está escondido atrás do conceito “politicamente correto”

Entretanto, vamos focar na frase “se amar em primeiro lugar”, e cada novo amanhecer uma única decisão, ficar na cama esperando a vida passar, porém seguro ou levantar e encarar calçadas com degraus, quebradas, olhares de julgamentos, motoristas de ônibus que passa batido ou sair sem esperar você desce por completo, sendo que não tenho equilíbrio total do corpo, sem contar que já perdi o número de entrevistas para emprego que fiz e tô esperando a resposta até hoje, afinal, numa sociedade que criar a lei de cotas geral, mas trata uma simples dor nas costas, ou sem um dedo como deficiência física, acho que se eu e essa pessoa disputa a mesma vaga, está na cara quem a empresa vai escolher, como aconteceu até hoje.

Dessa forma, ainda preciso relatar que fui aprendiz e efetivado numa grande instituição de ensino, porém, após 5 anos, com a pandemia, nova chefia, fui desligado, há 8 meses que tinha conseguido a minha independência de morar completamente sozinho, e não tive outra escolha do que, fecha tudo e volta para a casa dos meus pais.

Entretanto, mesmo com a demissão, o falecimento do meu irmão, mais uma vez não deixei a cabeça cair, me reinventei, escrevi meu e-book, mesmos com erros gramaticais, ortográfico, e alguns outros erros, sendo vendido por 10 reais no site da Amazon, e criava artigos para sites e revistas, ganhando 1 centavo por palavra,  girava um rendimento de R$200 Reais mês, bom! Até criarem o famoso “chat gbr” e tirar essa renda de mim.

Posso concluir que por mais que tenha ficado em alguns momentos da minha vida chateado, querendo desistir, nunca permitir ficar com “depressão”, na cama deitado, sempre lutei e vou lutar pelos meus sonhos, até porque, não posso deixar de viver com 37 anos, e se eu parar, ninguém vai lutar por mim.

Ainda quero ouvir de alguém “independente de qualquer coisa, te quero, te amo e vamos juntos até o fim”, ainda quero conquistar uma casa simples, que no fundo tenha alguns equipamentos de ginástica, e o meu quarto tenha um banheiro com banheira, amo tomar banho, mais que eu possa entrar e sair a hora que quiser, possa comer quando der fome, possa fazer meu café e tirar minha comida sozinho, mesmo derrubando metade no chão, mais possar ter minha independência.

Eu era conhecido na escola como metido, só porque tinha receio de falar e incomodar, e se não entenderem o que falo, fora a minha ex chefia me chamando de arrogante, por não aceitar ajudar, morar sozinho e lutar pela minha independência.

Não tenho e nunca tive vontade de lutar por inclusão, acessibilidade, não posso mudar o outro, muito menos uma nação, sendo que minha luta sempre foi e será pela minha independência humana e financeira, e não abro mão disso por nada.

tendo a segurança como princípio fundamental de vida, farei de tudo para conquistar uma moradia onde o piso seja antiderrapante, o banheiro tenha corrimão e banco embaixo do chuveiro, que não precise se preocupar com a fundação da casa se tá boa ou não, e principalmente, considerando o aquecimento global, que o teto não seja de telhas, já que em alguns momentos morei em ambientes que chovia dentro, como foi em 2020 e conto no meu e-book.

Farei de tudo para realização dos meus sonhos, moradia, conhece o nordeste do Brasil, tirar minha cidadania portuguesa e conhecer os EUA, entre alguns outros, tanto que criei uma vakinha online, porém em quase 3 anos de criação, só tem 50 reais, pois nunca divulguei com vontade, e em 2019 já fui na entrada do metrô Carandiru, vender paçoca, afinal 10% vai comprar por vontade, e 90% por dó, porém, na hora desisti, da mesma forma que não gosto de incomodar, nunca quis usar minha deficiência como desculpa. 

Sendo assim, me reinvento, estou criando um novo livro de romance, tento encontrar clientes que precisem de editor de vídeo, tenho um link da Amazon, onde qualquer comprar nele ganho comissão, tento vender cursos da Hotmart, e tento fazer com o que a Google aceite colocar seus anúncios neste blogger.

Concluo que viver não é fácil e a sociedade de um modo geral vem complicando mais a vida, dá sim vontade de desistir, de jogar tudo pro alto e meter um F… Mas, preciso lutar até o fim, pois ninguém irá lutar por mim.

Amizades de escolas, igreja, trabalho, sumiram todos, alguns devido temos vidas diferentes, a grande maioria porque eu parei de correr atrás, só sinto falta, tudo bem, posso ser “bobo” mas faz falta amizades que ultrapassam o mundo virtual, e principalmente, sem interesse.

A vida é rara, as vezes insuportável, quantos choros engoli a seco, quantas vezes quis desistir, porém, preciso lutar até o fim, por mim! Pois quero voltar a pintar tela, dançar dança de salão, quero voltar para academia, ter minha casa, quero ainda, voltar a amar!